A sétima reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
da Educação Superior privada da Assembleia Legislativa do Estado do Rio
de Janeiro
(Alerj) foi realizada nesta quinta-feira, dia 13 de setembro. Presidida
pelo deputado Paulo Ramos (PDT) e tendo como relator o deputado Robson
Leite (PT), as
testemunhas convocadas do dia foram a procuradora do Ministério Público
do Trabalho (MPT), dra. Luciana Tostes; o presidente do grupo Galileo
Educacional,
Cézar Siqueira Assreuy e o diretor do grupo Galileo Educacional, Fábio
Mazzoneto.
A primeira depoente foi a procuradora do MPT Luciana Tostes. Ela abordou diversas questões trabalhistas que passam pelo MPT, entre elas os TACs (Termo de Ajustamento de Conduta), os descumprimentos dos acordos, as dispensas e os pagamentos dos docentes dispensados. “É uma ação habitual do MPT entrar com ações, mas não foi necessário nesse caso, porque o Sinpro-Rio já estava à frente do problema.
Devo aqui homenagear o Sindicato, que desde o primeiro momento, notou esses sinais e a revolução que está acontecendo no Ensino Superior”, comentou. Segundo ela, sobre a Universidade Gama Filho (UGF) tramitam atualmente cerca de 10 ações civis públicas, com TACs executados com multas milionárias. “A maior dívida, no entanto, é relativa ao depósito de FGTS atrasados”, afirmou, acrescentando que a preocupação do MPT é garantir aos professores e aos demais empregados das IES condições dignas de trabalho.
Para ela, o Sinpro-Rio já tomou todas as medidas judiciais cabíveis e o momento agora é de negociar. “E mostrar à sociedade que existe um grupo econômico que quer mostrar à sociedade o seu compromisso com seus professores, porque agora administra uma Instituição de Ensino e deve respeito ao Ministério da Educação, ao corpo docente e discente”, salientou.
O presidente do grupo Galileo Educacional, Cézar Siqueira Assreuy, abriu o seu depoimento afirmando que assumiu o grupo em 6 de junho e que poderia não saber responder perguntas sobre fatos anteriores a esta data. Ele afirmou que a prioridade é situar os pagamentos. “Queremos colocar em dia a questão dos salários dos docentes, que na nossa gestão estão em dia e na nossa gestão ninguém foi demitido sem que direitos fossem pagos”, disse ele.
Contou ainda que está sendo realizado um levantamento dos fatos anteriores à sua posse na presidência, como também afirmou já ter recontratado 40 dos cerca de 600 demitidos no final de 2012. “Não sei o número de demitidos, não sei porque não foram feitas as homologações. Fizemos 40 recontratações, talvez precisemos de mais”, ponderou. Questionado sobre o pagamento atual de salário dos docentes, ele afirmou que “50% foram pagos, mas que a liberação do pagamento dos outros 50% só aconteceu no dia 12, devido a uma viagem da pessoa que faz esse trabalho ao Mar Mediterrâneo”.
Já Fábio Mazzoneto, diretor do grupo Galileo Educacional, destacou que a situação que assumiram era delicada, com salários em atraso e alunos reclamando de diversos problemas. “Não é nosso modo de agir prorrogar problemas. Estamos colocando as coisas em dia, o que ficou para trás também está sendo visto. Mas também não posso parar e cuidar só do que ficou para trás, ou vou fazer novas dívidas. A dívida é muito alta e o caixa é limitado”, argumentou.
Para o deputado Robson Leite, o grupo Galileo é só um pedaço do problema. “Queremos também investigar o Ensino a Distância, a precarização do trabalho o não cumprimento das obrigações trabalhistas. Hoje tivemos um avanço, sobretudo com a presença do MPT, que trouxe elementos que comprovam os primeiros indícios das investigações. Tudo o que foi dito hoje é alvo de investigação nossa”, ponderou o parlamentar.
Diante das inúmeras perguntas relativas à Santa Casa de Misericórdia, questões trabalhistas, financeiras e pedagógicas, dúvidas sobre os gestores do grupo Galileo e de muitas outras indagações que não foram respondidas, o deputado Paulo Ramos afirmou que enviará perguntas por escrito para o grupo, que se comprometeu a enviar respostas, assim como as documentações comprobatórias de diversos assuntos abordados durante a reunião. “A ausência do Marcio André Mendes Costa é lamentável e os atuais gestores não podem dizer que desconhecem tudo o que aconteceu”, comentou o presidente da CPI.
Próxima sessão: 20/09, 10h30, sala 311, do Palácio Tiradentes
A próxima sessão será dia 20 de setembro, quinta-feira, às 10h30 na sala 311 da Alerj. Terá como testemunha reconvocada o ex-reitor do grupo Galileo Educacional, Márcio André Mendes Costa; e também o atual presidente do Sindicato das Mantenedoras, professor Candido Mendes.
Confira as fotos da CPI - cliquem aqui.
Acompanhe o andamento dos trabalhos da CPI pelo site do Sinpro-Rio: www.sinpro-rio.org.br e/ou denuncie irregularidades pelo email cpiedusuperior@sinpro-rio.org.br.
A primeira depoente foi a procuradora do MPT Luciana Tostes. Ela abordou diversas questões trabalhistas que passam pelo MPT, entre elas os TACs (Termo de Ajustamento de Conduta), os descumprimentos dos acordos, as dispensas e os pagamentos dos docentes dispensados. “É uma ação habitual do MPT entrar com ações, mas não foi necessário nesse caso, porque o Sinpro-Rio já estava à frente do problema.
Devo aqui homenagear o Sindicato, que desde o primeiro momento, notou esses sinais e a revolução que está acontecendo no Ensino Superior”, comentou. Segundo ela, sobre a Universidade Gama Filho (UGF) tramitam atualmente cerca de 10 ações civis públicas, com TACs executados com multas milionárias. “A maior dívida, no entanto, é relativa ao depósito de FGTS atrasados”, afirmou, acrescentando que a preocupação do MPT é garantir aos professores e aos demais empregados das IES condições dignas de trabalho.
Para ela, o Sinpro-Rio já tomou todas as medidas judiciais cabíveis e o momento agora é de negociar. “E mostrar à sociedade que existe um grupo econômico que quer mostrar à sociedade o seu compromisso com seus professores, porque agora administra uma Instituição de Ensino e deve respeito ao Ministério da Educação, ao corpo docente e discente”, salientou.
O presidente do grupo Galileo Educacional, Cézar Siqueira Assreuy, abriu o seu depoimento afirmando que assumiu o grupo em 6 de junho e que poderia não saber responder perguntas sobre fatos anteriores a esta data. Ele afirmou que a prioridade é situar os pagamentos. “Queremos colocar em dia a questão dos salários dos docentes, que na nossa gestão estão em dia e na nossa gestão ninguém foi demitido sem que direitos fossem pagos”, disse ele.
Contou ainda que está sendo realizado um levantamento dos fatos anteriores à sua posse na presidência, como também afirmou já ter recontratado 40 dos cerca de 600 demitidos no final de 2012. “Não sei o número de demitidos, não sei porque não foram feitas as homologações. Fizemos 40 recontratações, talvez precisemos de mais”, ponderou. Questionado sobre o pagamento atual de salário dos docentes, ele afirmou que “50% foram pagos, mas que a liberação do pagamento dos outros 50% só aconteceu no dia 12, devido a uma viagem da pessoa que faz esse trabalho ao Mar Mediterrâneo”.
Já Fábio Mazzoneto, diretor do grupo Galileo Educacional, destacou que a situação que assumiram era delicada, com salários em atraso e alunos reclamando de diversos problemas. “Não é nosso modo de agir prorrogar problemas. Estamos colocando as coisas em dia, o que ficou para trás também está sendo visto. Mas também não posso parar e cuidar só do que ficou para trás, ou vou fazer novas dívidas. A dívida é muito alta e o caixa é limitado”, argumentou.
Para o deputado Robson Leite, o grupo Galileo é só um pedaço do problema. “Queremos também investigar o Ensino a Distância, a precarização do trabalho o não cumprimento das obrigações trabalhistas. Hoje tivemos um avanço, sobretudo com a presença do MPT, que trouxe elementos que comprovam os primeiros indícios das investigações. Tudo o que foi dito hoje é alvo de investigação nossa”, ponderou o parlamentar.
Diante das inúmeras perguntas relativas à Santa Casa de Misericórdia, questões trabalhistas, financeiras e pedagógicas, dúvidas sobre os gestores do grupo Galileo e de muitas outras indagações que não foram respondidas, o deputado Paulo Ramos afirmou que enviará perguntas por escrito para o grupo, que se comprometeu a enviar respostas, assim como as documentações comprobatórias de diversos assuntos abordados durante a reunião. “A ausência do Marcio André Mendes Costa é lamentável e os atuais gestores não podem dizer que desconhecem tudo o que aconteceu”, comentou o presidente da CPI.
Próxima sessão: 20/09, 10h30, sala 311, do Palácio Tiradentes
A próxima sessão será dia 20 de setembro, quinta-feira, às 10h30 na sala 311 da Alerj. Terá como testemunha reconvocada o ex-reitor do grupo Galileo Educacional, Márcio André Mendes Costa; e também o atual presidente do Sindicato das Mantenedoras, professor Candido Mendes.
Confira as fotos da CPI - cliquem aqui.
Acompanhe o andamento dos trabalhos da CPI pelo site do Sinpro-Rio: www.sinpro-rio.org.br e/ou denuncie irregularidades pelo email cpiedusuperior@sinpro-rio.org.br.
CÉZAR SIQUEIRA ASSREY - PRESIDENTE DO GRUPO GALILEO EDUCACIONAL À ESQUERDA
FABIO MAZZONETO - DIRETO DO GRUPO GALILEO EDUCACIONAL
Mas ... dizem que terão que disponibilizar uma máquina muito dispendiosa !? Deixe-me entender... não é em prol dos PROFESSORES que são a razão de estarmos todos no mercado de trabalho ou , pelo menos, termos meios para lutar?
Será que os gestores não foram à escola?
A JUSTIÇA existe ou vão ficar sempre em cima do muro???
Está difícil!
A INTERVENÇÃO tem que ser "requerida" no processo judicial respectivo.
Os PROFESSORES estão vivendo um grave momento que demonstra URGÊNCIA e a falta de pagamento dos salários são motivos suficientes para uma INTERVENÇÃO.
FGTS desde 2003, INSS dede 2006, juros e correção dos salários atrasados, diferenças salarias, multas moratórias, danos morais, materiais, patrimoniais, enfim com todos os acréscimos legais.
Não é só os PROFESSORES da UniverCidade que está passando por isso. Neste momento eu conheço mais CINCO.
E vocês???
O que está acontecendo realmente com a gestão empresarial que
deveriam beneficiar seus funcionários, inclusive àqueles que dão a produção da
atividade principal (ensino) e geram lucros para a empresa? Sim, por que a Instituições que são mantidas pelo Grupo Galileo Educacional estão vinculadas à empresa!