quarta-feira, 17 de abril de 2013

“O MEC - Ministério da Educação e Cultura - tinha que renunciar publicamente a sua incapacidade de fiscalizar o ensino (…)”, afirmou o presidente do sindicato dos professores do município do rio de janeiro e região (SINPRO-RIO) * portaria nº 165 de 17/04/2013 - comissão permanente de acompanhamento da universidade Gama Filho e Centro Universitário da cidade * Acabou de ser aprovado - 18/04/2013 - na ALERJ o relatório da CPI das instituições de ensino superior privado. Dentre os pedidos estão: intervenção imediata do MEC na UC e UGF; prisão de Marcio André Mendes costa, fundador da Galileo Educacional, por apropriação indébita das mensalidades e formação de quadrilha *UGF/UNIVERCIDADE: MEC institui comissão permanente para monitoramento das relações entre mantenedora e IES - 17 de abril.


ATENÇÃO
Acabou de ser aprovado - 18/04/2013 - na Alerj o Relatório da CPI das Instituições de Ensino Superior Privado. 
Dentre os pedidos estão:

- Intervenção Imediata do MEC na UC e UGF;
- Prisão de Marcio Andre Mendes Costa, fundador da Galileo Educacional, por apropriação indébita das mensalidades e formação de quadrilha.
LEIAM ABAIXO: 

Seis pessoas poderão ser indiciadas junto ao Ministério Público Federal (MPF) de acordo com sugestões contidas no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga denúncias contra universidades particulares do estado. O documento foi votado e aprovado durante reunião realizada nesta quinta-feira (18/04). O texto indicou ainda 74 encaminhamentos que deverão ser feitos a outros órgãos públicos, como os ministérios da Cultura, da Educação e do Trabalho, o Congresso Nacional e a própria Alerj. “O objetivo desse documento é provocar em Brasília um debate sobre a mercantilização do ensino superior, além da criação de uma CPI nacional, de forma a reforçar o nosso trabalho e atingir as instituições privadas do País”, explicou o relator, deputado Robson Leite (PT). O relatório ainda seguirá para a votação no plenário da Casa, em data a ser definida.

Os possíveis indiciados junto ao MPF que constam do texto aprovado pela CPI são: Candido Mendes e Alexandre Gazé, da Universidade Candido Mendes (Ucam); Márcio André Mendes Costa, que atuou como controlador do Grupo Galileo – que administra as universidades Gama Filho e UniverCidade – entre 2010 e 2012; Rui Muniz, da Universidade Santa Úrsula; e Igor Xavier e Rodrigo Calvo Galindo, do Grupo Kroton, que administrava a Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura (Suesc). Dentre os encaminhamentos do documento, estão a intervenção imediata do Governo federal na UniverCidade e na Universidade Gama Filho, a não participação de instituições com problemas trabalhistas nos programas de bolsa públicos, a implementação de um tributo específico para a criação de um fundo de pesquisa para o ensino à distância e a proibição de sociedades anônimas serem mantenedoras de universidades.

“A educação superior privada é motivo de preocupação porque as pessoas pagam e investem seus sonhos nela”, pontuou o presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT). Ele reforçou que os problemas apontados no estado do Rio “acontecem em todo o País”. “Aqui, não tivemos oportunidade de investigar todas as universidades porque algumas possuem instituições com sede em outras unidades da federação”, explicou. Ainda segundo o documento, o número de instituições de ensino superior privadas no estado aumentou na última década – atualmente, são 658. “Os grupos financeiros investigados viraram mantenedores e obtiveram lucros na Bolsa de Valores, enquanto a qualidade do ensino ficou cada vez mais deteriorada”, frisou o relator Robson Leite.

Após a votação em plenário, o colegiado, integrado também pelos deputados Flávio Bolsonaro (PP), que esteve na reunião, Luiz Martins (PDT), Xandrinho (PV) e André Ceciliano (PT), entregará o documento nas mãos do presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal, deputado Gabriel Chalita (PMDB/SP), em Brasília. “Esse trabalho não se encerra aqui. É preciso que todos os setores da sociedade se envolvam e se engajem para a melhora do nosso ensino superior privado”, finalizou Paulo Ramos. Também estiveram presentes na reunião representantes dos sindicatos dos Professores do Rio (Sinpro-Rio) e de Médicos do Rio (Sinmed/RJ) – o Sinmed reivindica a renovação do contrato de estágio de alunos de Medicina da Gama Filho na Santa Casa de Misericórdia – e dos movimentos estudantis.

Principais denúncias contidas no relatório:

- Atrasos e falta de pagamentos aos funcionários, assim como imposto sindical, INSS e FGTS;
- Ensino à distância – suspeita de fraude e venda de diplomas e ausência de regulamentação por parte da Câmara Federal;
- Grupos estrangeiros e sociedades anônimas comandando as universidades privadas no estado do Rio;
- Irregularidades em relatórios financeiros;
- Sistemas de bolsas, como o Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (Prouni), conferidos a instituições com conceitos baixos pela avaliação do Ministério da Educação;
- Aumento abusivo da mensalidade em 64 instituições;
- Convênios com prefeituras sem licitações públicas.


Foi realizada hoje, dia 17 de abril, a reunião paritária dirigida pelo secretário da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres), Jorge Messias; pela secretária de regulação, Marta Abramo e pelo deputado Celso Jacob (PMDB/Comissão de Educação do Congresso). Convocados pelo MEC, estiveram presentes os representantes dos funcionários das duas instituições de ensino Universidade Gama Filho e da UniverCidade, Eris Carneiro e Marcelo (UGF) e Welington (UC); os representantes dos docentes da Gama Filho (ADGF) Jorge Atilio, e da Comissão de Docentes da Cidade, Sidnei Amaral; os representantes dos discentes de ambas instituições, Rafael (Camed/DCE-UGF), Lúcio Brandão (CAGeo/DCE-UGF), Marcus Vinicius e Bruno (DCE-UC), o Sinpro-Rio, na figura de Magna Correa; os dirigentes da Mantenedora e das IES, Dr. Alex Porto, diretor presidente da Galileo; Raymundo Romeo (UGF), Álvaro Sousa (UC), respectivamente e Vitor Lemos, representando os coordenadores da UC.

As representações das IES apresentaram o conjunto de problemas existentes em relação à infraestrutura e à gestão acadêmica, tal como os cenários de Medicina na UGF, a elaboração do calendário acadêmico na UC e a necessidade da solução das mesmas com acompanhamento e monitoramento do MEC.

O MEC instituiu uma Comissão Permanente para monitoramento das relações entre Mantenedora e as IES, com fiscalização do plano econômico de sustentabilidade, que terá a duração de 10 meses. É importante ressaltar que é a primeira vez que o MEC tomará tal atitude administrativa.

A Mesa Paritária, que se reuniu hoje pela primeira vez, terá reuniões regulares para acompanhamento, monitoramento e fiscalização do processo. O MEC determinou que o cumprimento de todos os itens do TERMO DE COMPROMISSO, assinado pela Galileo, é condição sem a qual todo o processo proposto hoje será revisto. Ficam mantidos os prazos para as respostas ao Despacho do MEC.

A Comissão Paritária iniciará suas atividades na próxima segunda-feira. O MEC também determinou que a Mantenedora deve respeitar a autonomia e os processos participativos autônomos das instituições de ensino Universidade Gama Filho e UniverCidade. Qualquer ausência no cumprimento das determinações caberá medida mais dura do MEC. O cumprimento dessas determinações do MEC inclui o respeito à autonomia universitária e à gestão coletiva, sobretudo por meio dos órgãos colegiados.



A ASSEMBLEIA DO DIA 12 DE ABRIL ESTAVA VAZIA. AQUELES QUE FICARAM INSATISFEITOS DEVERIAM COMPARECER DIA 09 DE MAIO AS 14 HORAS - SINPRO-RIO. VOTAR PARA MUDAR.