RESPOSTAS DO PROFESSOR BRASILEIRO AOS COMENTÁRIOS DO SR. RONALD LEVINSOHN - EX-REITOR DA UNIVERCIDADE E PRESIDENTE DA
ASSESPA - CLIQUEM AQUI
Sr. Ronald Levinsohn: Dias antes de o senador Aloizio
Mercadante ser promovido para a Casa Civil, professores, funcionários e alunos
da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, em greve por salários atrasados,
invadiram o gabinete do então ministro da Educação. Exigiam que a mantenedora
Galileo fosse federalizada através de medida provisória.
Professor Brasileiro: Em primeiro lugar Sr. Ronald
Levinsohn, os termos usados em seu comentário identificam que estás usando o
"ataque" como defesa, pois os culpados não são os professores e
alunos. Invasão? Desculpe-me, mas isso não se chama Invasão e sim
reivindicações dos direitos que os senhores não cumpriram acarretando tanta
confusão como bem determinas. Contudo, as reivindicações não foram em especial
para federalizar, e sim, foi quanto aos absurdos que a GALILEO estava cometendo
com relação aos salários dos professores e quanto a estrutura das faculdades em
conseqüência das fraudes trabalhistas!
Sr. Ronald Levinsohn: A Galileo é uma sociedade de
papel, sem qualquer ativo, criada há apenas três anos, pertencente ao bispo Adenor
Gonçalves dos Santos, sem experiência no ensino universitário e sem currículo
adequado para ser empresário de educação. Entretanto, ele foi aprovado e
festejado pelo baixo clero do MEC.
Professor Brasileiro: Sr. Ronald. Então V.Sa. sabia
disso!? Que lástima! Se a GALILEO é uma Sociedade irregular, recente, por que é
que deixou que a mesma adquirisse a UniverCidade?
O Sr. Adenor não tinha experiência? Não me leve a
mal, mas quando se faz um negócio temos que averiguar quem é que está no páreo,
pois caso contrário quem deixou que isso acontecesse é cúmplice e responderá
solidariamente por todas as obrigações sociais. Não se intitulas um grande empresário!?
O MEC tomou uma decisão arbitrária ao
descredenciar as instituições. Certo, mas se existe baixo clero neste
caso não pareceu tão baixo, pois conseguiram descredenciar instituições
tradicionais rapidamente.
O que aconteceu realmente??? Isso é problema
"político" e é claro que houve interesses escusos. Agora, sinceramente,
lhe pergunto? Por que passou adiante a Instituição criada por V.Sa. que tanto
carinho dizia ter? Será que era carinho mesmo ou havia algo mais???
Sr. Ronald Levinsohn: A mídia destacou a balbúrdia
durante dias e, à medida que se aproximava a posse de Mercadante no Palácio do
Planalto, as exigências dos grevistas aumentavam e a barulheira tomou conta das
ruas. Como o pleito dos grevistas é vedado pela Constituição, o ministro e a nomenklatura
do MEC não puderam atender seus correligionários, e preferiram impor punição
maior à Galileo: o descredenciamento dos cursos, ou seja, a decretação de uma
falência indireta das duas instituições envolvidas. A Galileo, que emitiu
debêntures de R$ 100 milhões mediante a garantia das mensalidades do curso de
Medicina da Gama Filho, ficou impossibilitada de pagá-los. O MEC, além de
causar confusão no setor, impingiu prejuízo aos fundos Postalis e Petros, que
haviam adquirido tais debêntures.
Professor Brasileiro: Quanto a balburdia esta
deveria ser realizada à porta da casa dos gestores, e assim sentiriam mais de
perto, pois até hoje os senhores continuam impunes e tranqüilos em suas casas,
com toda a mordomia e certos de que a JUSTIÇA não existe neste mundo. Mas... se
enganam, pois ELA tarda mas não falha...
Detalhe: Reivindicação, greve, não é
balburdia, e a constituição não veda "greves" por FRAUDES contra o
trabalhador".
Quanto as debêntures, Sr. Ronald Levinsohn. Lembra-se de
que a ASSESPA fez a mesma coisa e emitiu debêntures que é um empréstimo
realizado pelos debenturistas - grandes investidores cuja finalidade foi
colocar em dia os débitos ?
Isso!!! Mas... tudo continuou na mesma. Os professores
continuaram com seus salários atrasados. Onde foi parar esse dinheiro. Onde foi
parar as mensalidades dos alunos?
Sr. Ronald Levinsohn: Sem o devido processo legal em
razão da pressa de blindar a promoção do ministro Mercadante, é bem possível
que o ato do MEC, quando submetido aos tribunais, gere indenização e vultoso
precatório. Se o MEC tivesse a expertise do Banco Central para
atuar no mercado, tudo teria sido feito em silêncio, apontando ao bispo Adenor
um comprador para as instituições que administrava — inclusive os próprios
antecessores, corresponsáveis pelo pagamento dos débitos fiscais e
trabalhistas, e que poderiam ter posto os salários imediatamente em dia.
Professor Brasileiro: O problema foi que houve
orientação equivocada. O MEC nunca deveria ter sido procurado para problemas
com salário dos professores. É a JUSTIÇA através do Ministério Público do
Trabalho que deveria intervir desde o começo.
Os verdadeiros culpados são os gestores passados e futuros.
Os primeiros por que quiseram ficar livres de dívidas
passando adiante todo o passivo, ficaram com uma fortuna, sabendo de antemão
que quem adquiriu não tinha nenhuma estrutura. Só queriam ficar livres... Os
segundos por que não possuem nenhuma competência de gestão. Conclusão: Quem
deveria gerir? Um interventor nomeado por um juiz, afastando a administração da
Galileo.
Sr. Ronald Levinsohn: O mais grave é que a Galileo
não cumpriu as obrigações previstas nos contratos que celebrara com as
sociedades mantenedoras, e a Justiça certamente os anulará, devolvendo a
Associação Educacional São Paulo Apóstolo (Assespa), antiga mantenedora da
UniverCidade, e a Sociedade Universitária Gama Filho, mantenedora da Gama
Filho, aos seus antigos associados. O volumoso débito das citadas
sociedades poderia ser pago através do Programa de Estímulo à Reestruturação e
ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior, a longo prazo e mediante
concessão de bolsas de estudo e dinheiro. A Assespa possui imóveis em valor
superior a seus débitos fiscais e trabalhistas. Igualmente, a família Gama
possui, em nome de sociedade constituída em paraíso fiscal, imóveis em valor
superior ao débito.
Professor Brasileiro: V.Sa. acha que a justiça
anulará e devolverá para a ASSESPA que realizou o mesmo ato fraudulento? É
subestimar a justiça!!! Como V.Sa. afirma algo tão sério?
A ASSEPA tem bens? OK. Porque não pagou na época em que era
mantenedora? Por que deixou de pagar verbas rescisórias a TODOS os professores
demitidos na época? O Sr. Ronald não se diz "empresário experiente"?
Claro!!! Por que não fez isso na época? Por que não pagou?
Isso é conversa para desviar o verdadeiro motivo. Simplesmente isso não
aconteceu por que não houve interesse e já conhece a impunidade que existe no
mundo dos humanos!
Pergunto: Será que esses bens estão em
nome das Instituições? Será que estão em nome dos associados? Ora. Se estiver é
possível atingir esses bens para pagar as dívidas, mas se estes bens foram
transferidos para terceiros na época dos débitos, podemos vislumbrar fraude
contra credores e poderão revogar judicialmente esses atos, indo
diretamente para as mãos dos credores.
Mas, se isso aconteceu antes da existência dos débitos, não há
forma de atingir esses bens...
Sr. Ronald Levinsohn: Quem sabe o senador Mercadante,
já instalado no Palácio do Planalto, e o atual ministro da Educação, já
consolidado no Ministério da Vergonha Nacional, encontrem um caminho para
desfazer a atrapalhada decisão. Parece coisa de aloprados.
Professor Brasileiro: Uma coisa o Sr. Levinsohn tem
razão. Foi a maior trapalhada realizada pelo MEC, pois a origem de tudo foi o
problema dos débitos trabalhistas, e isso é da alçada trabalhista. Logicamente
acarretou a desestruturação das instituições no que diz respeito à área
educacional, mas para resolver isso bastava a INTERVENÇÃO JUDICIAL ajuizada
pelo MPT - Ministério Público do Trabalho, para que houvesse uma nova
gestão para as mesmas, a fim de reergue-las através de auditorias etc..
Toda a gestão pré e pós GALILEO descumpriu
as obrigações trabalhistas contra os PROFESSORES. Estes últimos são
aqueles que realizam a atividade inerente ao fim da empresa, e graças a eles os
senhores gestores estão financeiramente tranquilos, enquanto que o principal profissional
do ensino está na bancarrota.
A impunidade impera no reino dos humanos.
Quantos empresários vemos que foram absolvidos por crimes contra a ordem
econômica que continuam no mercado!
Atraso
de salário e não pagamento é falta grave do empregador.
Srs.
gestores. Por que não olham para dentro de si a fim de ver que são iguais a
todos os seres terrestres, e, consequentemente para o seu próximo. O
"mundo dá voltas"!!!
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