Resposta à publicação de Ronald Guimarães Levinsohn na Coluna Opinião –
Jornal O Globo (20/05/2014)
Ao abrir a coluna “Opinião” do Jornal O Globo na terça feira, tivemos uma
(des)agradável surpresa ao ler o texto que seguia, cujo autor era o Senhor
Ronald Levinsohn. O mesmo discorria sobre a tragédia que se abateu na
UniverCidade com o descredenciamento feito pelo MEC.
Ronald Levinsohn. Alguém se recorda deste nome? Bem, para os mais
esquecidos,não custa lembrar uma parte de sua história: Antigo dono da
UniverCidade, seu nome é bastante conhecido desde os anos 80, quando o Banco
Central interviu no Grupo Delfin, sob seu comando. Logo após, os escândalos e
fraudes vieram à tona. Dentre as peculiaridades comentadas sobre este senhor,
uma das mais difundidas é sobre o seu costume de comprar jornalistas... Mas
vamos adiante.
Vamos até o Centro Universitário da Cidade, a UniverCidade. Mais um capítulo
permeado de irregularidades na vida do sr. Ronald. Embora envolto de
obscuridades, é sabido que um grupo chamado Galileo Educacional – sem passado,
como bem citou o Sr. Levinsohn – comprou, num esquema ilegal, a UniverCidade e
a Gama Filho com o aval do Ministério da Educação, que já sabia de antemão
sobre os nebulosos antecendentes do Grupo. Obviamente, o Sr. Ronald aqui omite
a sua participação no esquema. Nenhuma surpresa.
Ronald Levinsohn narra em seu texto, com bastante conhecimento de causa, os
eventos vividos nestes anos de (péssima) gestão da Galileo Educacional. Cita os
principais fatos e incontestáveis ilegalidades cometidas por este, detalhando
números e frisando o lavar de mãos de um Ministério incompetente. Porém,
ignorantemente, este senhor faz questão de culpar o movimento LEGÍTIMO de
alunos, professores e funcionários pelo que chama de “balbúrdia”: a união da
comunidade acadêmica que foi às ruas e ao Planalto Central LUTAR por um direito
seu; brigar por um espaço que nunca deixou de ser desta comunidade desde a
antiga mantença da Assespa. Ressaltamos que esta luta não teve início na gestão
do Grupo ciminoso Galileo, mas ainda sob controle de Ronald Levinsohn, que já
era desaprovado pelo corpo docente e discente. Em sua gestão, fez de tudo para
PROIBIR qualquer tipo de diretório e demitir professores que tentaram iniciar
uma Associação Docente. Por conveniência, obviamente. Deixava claro não gostar
dessas “mobilizações”.
Gostaríamos de saber, diante de tanta cara de pau, o porquê o Presidente da
Associação São Paulo Apóstolo, se omitiu por toda a gestão do Grupo? Fica cada
vez mais óbvio que já sabia do que estava por vir. Nos parece que agora Ronald
Levinsohn ressurgirá como o “Salvador da Pátria”, após passar todo este tempo
assistindo de camarote a decadência, esperando o momento certo para entrar em
cena! Perguntamos: Se é coisa de “aloprados”, senhor Levinsohn, porque não
reassumiu a Instituição (de onde o senhor nunca saiu, diga-se de passagem)? Ao
final, este senhor já sentencia sua vitória: “O mais grave é que a Galileo não
cumpriu as obrigações previstas nos contratos que celebrara com as sociedades
mantenedoras, e a Justiça certamente os anulará, devolvendo a Associação
Educacional São Paulo Apóstolo (Assespa), antiga mantenedora da
UniverCidade(...)” É realmente muita pretensão – ou confiança mas armações que
há dentro deste Ministério da “Educação”- achar que sairá no lucro às custas do
sofrimento de tantas pessoas.
Vivemos num país onde a Educação é tratada como mercadoria, e a gestão de
Levinsohn e do Grupo Galileo ratificam este fato. A nossa luta é contra a
mercantilização da educação, e vamos levá-la à frente até que todos conheçam os
verdadeiros culpados pela falência do ensino superior privado brasileiro.
A publicação do Sr. Ronald Levinsohn na Coluna Opinião pode ser acessada pelo link abaixo:
http://oglobo.globo.com/opiniao/trapalhada-do-mec-12536343
Professor Brasileiro, por ventura o senhor Ronald doou a Assespa para o grupo Galileo. Pelo seu discurso parece que sim.
ResponderExcluirQue vagabundo!
A partir deste texto deixo de ter dúvidas. Tudo faz parte de um movimento político, das elites econômicas e políticas de extrema direita, para derrubar o governo federal, certamente tendo à frente além de outras pessoas este infeliz chamado Ronald.
Esta mais do que evidente em seu discurso que ele previu,em seu "plano de negócios" a reação de professores e alunos com a consequente balburdia citada por ele, o senhor Ronald.
O Governo Federal certamente percebendo os efeitos negativos do movimento para a corrida eleitoral tratou de, com o descredenciamento, aniquilar mais esta tentativa de golpe.
Um golpe com duplo benefício, pois me parece envolver a retomada plena do poder pela extrema direita, ou melhor, por sua vertente mais corrupta e fascista, e de lambuja, com a retomada do poder, obter "legalmente" uma elevada quantia de recursos públicos para financiar suas atividades e enriquecer, ainda mais e sem esforço produtivo, seus correligionários.
Acorda MPT.
Professor Dedo-duro