Gostaria
de saber como o Grupo Galileo vai regularizar a situação empresarial,
pois que a GAMA FILHO e a UNIVERCIDADE são Instituições sem fins
lucrativos, assim sendo não podem ser vendidas. O procedimento é
complexo e não é possível de uma hora para outra "comprar" como se fosse
Empresa. As Instituições sem fins lucrativos não são Empresas. Possuem
outra forma de exploração de atividade.
Os
antigos gestores principais das instituições, simplesmente saíram da
reitoria e deram lugar a outro. Mas não existe documentação de Fusão.
Como pode haver a união entre EMPRESA e uma INSTITUIÇÃO SEM FINS
LUCRATIVOS? Impossível!
Para captar recursos que chama-se "securitização", o GRUPO GALILEO, criou uma Sociedade Anônima de recebíveis "Galileo
Gestora de Recebíveis SPE S.A.", que proporciona a emissão de
Debêntures as quais caracterizam-se CONTRATO DE EMPRÉSTIMO em que os
debenturistas, investidores, emprestam grandes valores, com a finalidade
de custear os cursos de graduação da Instituições ditas como "adquiridas".
DEBÊNTURES
são Contratos de Empréstimo proporcionado pela emissão de debêntures,
adquiridas por investidores que emprestam grandes quantias e, assim, o
Galileo pagará durante muito tempo este empréstimo com juros anuais
incrivelmente pequenos, como é de direito para as S/A.
SABEM QUAL A GARANTIA PARA ESTE EMPRÉSTIMO?
... são representativos do estoque dos alunos já matriculados no Curso de Medicina da UGF, que tem previsão de duração média de 12 semestres.
ALUNO VIROU ESTOQUE !!!
Leiam abaixo parte do dossiê da Galileo que é público e notório
A GALILEO GESTORA DE RECEBÍVEIS SPE constituirá, em garantia das Debêntures,
a totalidade dos recebíveis originários dos CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS EDUCACIONAIS do Curso de Medicina da Universidade Gama Filho,
mantido inicialmente pela SUGF, pelo prazo de sua vigência,
correspondente ao período de conclusão do referido curso, em alienação
fiduciária de coisa móvel, nos termos da lei.
Em Dez/2010, o valor total estimado desses recebíveis é na ordem de R$ 236 MM aproximadamente e são representativos do estoque dos alunos já matriculados no Curso de Medicina da UGF, que tem previsão de duração média de 12 semestres.
Esses recebíveis serão mantidos em conta vinculada junto ao Banco Mercantil do Brasil.
O estoque total de
CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS ofertados em garantia
das Debêntures, mais os recursos depositados na conta vinculada somado
aos recursos alocados no Fundo de Reserva, deverão sempre corresponder a
no mínimo 200% do valor nominal atualizado (VNA) das Debêntures.
Conclusão: A EDUCAÇÃO virou MERCADORIA e os ALUNOS ESTOQUE!
Os
empreendedores agem de forma como se não fossemos humanos, pois usam as
pessoas como objetos ou coisas. Para eles o importante é obter lucro de
qualquer maneira, e esquecem-se de que os PROFESSORES são os principais
profissionais para o desenvolvimento da Instituição e são também
aqueles que realizam a produção da atividade principal que é ensinar.
Sem
professor não haverá aula e por sua vez não haverá aluno. Cuidado
gestores, pois havendo INTERVENÇÃO JUDICIAL poderá ser requerida a
Falência.
Cliquem nos links abaixo:
MENSAGEM ANTIGA - 22/10/2009
http://ueerio.blogspot.com/2012/01/entidades-lancam-manifesto-em-defesa-da.html
"MANIFESTO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA” - ABI – 18.01.2012
Depois
de uma série de manifestações organizadas pelos estudantes da
Universidade Gama Filho (UGF) e do Cento Universitário da Cidade
(UniverCidade) em conjunto com a União Nacional dos Estudantes (UNE), a
União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ) e o Sindicato
dos Professores (SINPRO-RIO), aconteceu, na noite da última quarta-feira
(18/01), o lançamento, por parte de um conjunto de entidades do
movimento social, do Manifesto em Defesa da Educação e da Saúde
Brasileira.
O
evento aconteceu na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e
tratou do caso dos mais de 400 profissionais demitidos por telegrama
pela Universidade Gama Filho e UniverCidade, no final do ano passado e
do aumento abusivo das mensalidades das instituições. Na última semana,
após denúncia do SINPRO-RIO, a Justiça suspendeu as dispensas coletivas
pois elas não foram precedidas de tentativa de negociação e deveriam ter
sido submetidas aos Conselhos Universitários, caracterizando violação
do art. 53 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
Na
hipótese de não ser cumprida a decisão por parte do Grupo Galileo, a
Justiça estipulou o pagamento de multa de R$ 5 mil por cada professor.
Uma outra liminar, conseguida pelos estudantes, também cancela o aumento
das mensalidades indicando que as mesmas não poderiam ser aumentadas em
índices superiores ao IGPM acumulado em 2011 (5,0977%). O Diretor da
UNE, Edson Santana, disse que a "União Nacional dos Estudantes e a União
Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro vão continuar firmes na luta
contra a mercantilização da educação e que a luta dos estudantes da Gama
Filho deve servir de exemplo para os demais estudantes da rede privada
de ensino que não são obrigados a aceitar a política de aumentos
abusivos das mantenedoras".
Igor
Mayworm, Presidente da UEE-RJ, valorizou o manifesto e disse que "a
unidade entre as diversas entidades do Movimento Social é fundamental
para que seja alcançada a vitória! Juntos, os estudantes, professores,
jornalistas, médicos e todos os segmentos representados na plenária vão
conseguir barrar a política de reajustes abusivos e demissões em massa
implementadas pelo grupo Galileo." Confira abaixo o Manifesto em Defesa
da Educação e da Saúde Brasileira. Manifesto em Defesa da Educação e da
Saúde Brasileira As entidades, alunos, professores e funcionários,
abaixo reunidos, vêm denunciar à sociedade brasileira os desmando
praticados pelo grupo Galileo Educacional após a nebulosa operação de
fusão da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, que resultou na
demissão de um alarmante número de professores e funcionários
administrativos no apagar das luzes de 2011. Observamos, com
preocupação, a reestruturação da educação brasileira que permite, há
alguns anos, seu controle por grupos financeiros nacionais ou
estrangeiros, bancos e fundos múltiplos de investimentos.
Uma
lógica perversa de submissão da Educação aos ditames empresariais, que
tenta transformar educação em mercadoria. Como negócio, esse modelo de
educação, dotado de cunho empresarial, tem apenas um objetivo: o lucro.
Tendo este como princípio, a preparação intelectual e cultural, bem como
a qualidade da formação profissional de gerações se encontram
comprometidas.
Quando
o lucro dita a regra, deixa-se de se debater projetos de sociedade para
se discutir mercado; deixa-se de se orientar pelo princípio da
solidariedade para ser regido pela competição. Observamos que estas
corporações educacionais, contraditoriamente, são de caráter
filantrópico, o que as permitem ser agraciadas pelo Estado brasileiro
com isenção de impostos, o que significa financiamento público indireto.
Entretanto, o princípio da orientação da educação pelo lucro, em uma
inversão clara do conceitos de filantropia, tem penalizado os
professores e funcionários com o reiterado descumprimento da legislação
educacional e trabalhista.
Mais
grave, a instituição de um ambiente de terror acadêmico provocado pela
demissão do presidente da ADGF(Associação Docente Gama Filho), cerceando
o direito dos professores a livre organização por local de trabalho. A
política de demissões em massa praticada pelo grupo Galileo que afetou
os diferentes cursos – Medicina, Direito, Administração, Enfermagem,
Comunicação – evidencia a selvageria e ausência de responsabilidade
social dos gestores das "empresas" educacionais que compõe o grupo
Galileo, a saber: Galileo Administração de Recursos Educacionais S.A e
Galileo Gestora de Recebíveis SPE.
O
curso de Medicina, especificamente, foi afetado pela ferocidade deste
grupo em face das demissões de 178 médicos docentes que prestavam
serviços na Santa Casa de Misericórdia, provocando o desmantelamento dos
serviços médicos prestados à população por esta instituição centenária
do Rio de Janeiro. Em face de todas as denúncias apresentadas junto ao
Ministério Público, obtivemos uma grande vitória na última semana. Foi
concedida liminar pela reintegração dos docentes da UGF.
Pelo
exposto, reivindicamos a atenção urgente do Estado brasileiros na
interposição de limites às liberdades absolutas das corporações
financeiras atuantes no setor da educação brasileira, que se constituem a
partir de transações negociais milionárias e obscuras, vilipendiando
interesses da sociedade e do Estado.
Educação e saúde não são mercadorias, aluno não é estoque!
Assinam esse manifesto:
UNE
- União Nacional dos Estudantes UEE-RJ - União Estadual dos Estudantes
do Rio de Janeiro Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro SINPRO-RIO -
Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região
Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro Sindicato dos Enfermeiros do
Rio de Janeiro Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro Sindicato dos
Auxiliares de Administração Escolar do Rio de Janeiro Comissão de
Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro ABI -
Associação Brasileira de Imprensa FETEERJ -Federação dos Trabalhadores
em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro".